O desafio é melhorar a sala de aula, de tal forma que os alunos sejam aprovados porque sabem o que precisa saber. (Bertoldo)

Introdução das Tecnologia de Informação e Comunicação na Educação

Quando uma nova tecnologia é introduzida em um determinado contexto, ela é inicialmente utilizada para fazer a mesma coisa que se fazia sem ela - só que agora de uma forma um pouco mais eficiente ou aperfeiçoada. As tecnologias só é usada de forma inovadora na Educação quando ela nos permite fazer coisas que sem ela dificimente conseguiríamos fazer.

INCORPORAÇÃO TECNOLÓGICA (e suas possibilidades)

Numa sociedade moderna, caracterizada pela revolução eletrônica vinculada ao processo produtivo, ficará comprometida a pedagogia que não assuma a incorporação tecnológica como princípio educacional. Embora a tecnologia seja um recurso, seu uso correto pode transforma-se num princípio pedagógico que vai dinamizar a "ação", a "interatividade", a "produtividade" o "prazer" do aluno em usá-lo e, se possível, dominá-la. O conhecimento e o domínio das tecnologias trazem enormes vantagens para professores e alunos na vida social. É a tecnologia a serviço do homem e da educação, e não o oposto. "só idiotas acham que a máquina deixa o professor menos importante. É justamente o contrário... A máquina faz do professor uma figura ainda mais indispensável e humana." A mídia eletrônica está alterando, profundamente, não só as formas de armazenar, acessar, produzir e difundir conhecimento, como também de redimensionar os próprios mecanismos psicológicos e intelectuais do ensino-aprendizagem. As novas tecnologias estão pressionando a criação de novos cenários pedagógicos. Mais ainda: estão gestando uma nova cultura e determinando uma outra escala de valores e seus efeitos comportamentais. Por isso, sonegar a tecnologia de ponta às gerações que estão sendo educadas é uma irresponsabilidade histórica que compromete profundamente o desenvolvimento humano e social.

REFLEXÃO

Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo ou de muitos todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para aprender-e-ensinar. Para saber, para fazer, para ser ou para conviver, todos os dias misturamos a vida com a Educação. E já que pelo menos por sempre achamos que temos alguma coisa a dizer sobre a educação que nos invade a vida, por que não começar a pensar sobre ela com o que uns índios uma vez escreveram? Há muitos anos nos Estados Unidos, Virgínia e Maryland assinaram um tratado de paz com os índios das seis nações. Ora, como as promessas e os símbolos da educação sempre foram muito adequados a momentos solenes como aquele, logo depois os seus governantes mandaram cartas aos índios para que enviassem alguns de seus jovens às escolas dos brancos. A carta acabou conhecida porque alguns anos mais tarde Bejamin Franklin adotou o costume de divulgá-la aqui e ali. Eis o trecho que nos interessa: “...Nós estamos convencidos, portanto, que os senhores desejam o bem para nós e agradecemos de todo o coração. Mas aqueles que são sábios reconhecem que diferentes nações têm concepções deferentes das coisas e, sendo assim, os senhores não ficaram ofendidos ao saber que a vossa idéia de educação não é a mesma que a nossa. ...Muitos dos nossos bravos guerreiros foram formados nas escolas do Norte e aprenderam toda a vossa ciência. Mas, quando eles voltaram para nós, eles eram maus corredores, ignorantes da vida da floresta e incapazes de suportar o frio e a fome. Não sabiam como caçar o veado, matar o inimigo e construir uma cabana, e falavam a nossa língua muito mal. Eles eram, portanto, totalmente inúteis. Não serviam como guerreiros, como caçadores ou como conselheiros. Ficamos extremamente agradecidos pela vossa oferta e, embora não possamos aceitá-la, para mostrar a nossa gratidão oferecemos aos nobres senhores de Virgínia que nos enviem alguns dos seus jovens, que lhes ensinaremos tudo o que sabemos e faremos, deles, homens.” De tudo o que se discute hoje sobre a educação, algumas das questões entre as mais importantes estão escritas nesta carta de índios. Não há uma forma única nem um único modelo de educação; a escola não é o único lugar onde ela acontece e talvez nem seja o melhor; o ensino escolar não é sua única prática e o professor profissional não é o seu único praticante. (Brandão,C.R. O que é educação,5ª ed. SP, Brasiliense, 1982, p. 7-9)

A evolução da Juventude até a era da Informação

Nas últimas cinco décadas, a juventude vem, literalmente, virando o mundo de pernas para o ar. Se, antes da metade do século, era dósil e, muitas vezes, subserviente, diante de uma sociedade patriarcal e autoritária, a partir daí afirmou-se, através da rebeldia e da busca de caminhos próprios. Iniciando pelos requebrados de quadris de elvis, passando pelos cabelos longos do Beatles, pelas passeatas e músicas de protesto dos anos 60, pelo movimento hippie, pela liberação feminina e pelo amor livre, nos anos 70, pela invenção e adoção apaixonada dos computadores pessoais e dos vídeo games, na década de 80, pelo mergulho no mundo da internet e da multimídia, já nos anos 90, os jovens mostraram sua poderosa força tranformadora. Nos últimos 50 anos, ainda, saímos da sociedade agrária, passamos pela sociedade Industrial e estamos em plena era da Informática